sábado, 30 de junho de 2012

Como você tem construído seus planos?


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Repense o seu modo de ver a vida


Em nossa vida fazemos planos, estabelemos metas e, com isso, visualizamos situações que “podem vir a ser”, que “podem ocorrer”, e nos colocamos numa posição de expectativa e investimento de energia, trabalho e emoção. As expectativas de vida podem, em algum momento, concretizar-se ou não.
O acúmulo de expectativas e situações não resolvidas, bem como problemas cotidianos, profissionais e pessoais podem nos levar ao famoso estresse, que não vem apenas por aquilo que está externo a nós e visível, como problemas, pessoas, falta de dinheiro, desemprego, etc., mas especialmente ao que chamamos de fatores internos, e um em especial: a maneira como interpretamos a vida e seus acontecimentos, as pessoas com as quais convivemos, as situações pelas quais passamos.

Geramos ou pioramos um estado de estresse pela forma como encaramos a vida. Quer um exemplo bem simples de como isso acontece? Por um descuido, você bate seu carro. Não é nada grave, não houve vítimas. Qual a solução mais prática? Buscar um funileiro, avaliar os danos, fazer o orçamento, as formas de pagamento, se você pode ou não pagar agora e decidir por fazer o conserto. Isso é prático, racional e direto (mesmo sabendo que haverá um gasto e que você não poderá pagá-lo agora).

Porém, um modo que gera grande desgaste é olhar para a mesma situação cobrando-se: “Eu fiz tudo errado! Como pude bater este carro! Eu não me perdoo, sou mesmo um idiota”. Todos esses pensamentos estressantes e autopunitivos trouxeram alguma solução? Certamente não. Percebe agora como nossos pensamentos e crenças pessoais podem influenciar nossa reação diante de um acontecimento?

A forma como interpretamos as situações e o modo como nossos pensamentos se desenrolam desencadeiam, portanto, a produção do famoso estresse. Crença é aquilo que dá significado à nossa vida. Se eu creio em Deus, meus atos tendem a ser pautados por essa crença. Por outro lado, se creio que tudo será péssimo, que não sou capaz, que nada dá certo comigo ou que nunca minhas expectativas darão certo, temos aí um bom caminho para atitudes desfavoráveis e um amontoado de novos pensamentos negativos e um belo caminho para o adoecimento e para um círculo contínuo e vicioso de estresse.

Muitas vezes, quando estamos nesse estado, achamos mil desculpas para justificá-lo: "Estou estressado porque meu carro quebrou". Ou: "Porque meu time perdeu", assim como: "Porque meu namoro acabou", porque ... porque... porque... sempre baseados em fatos externos. 

Você já parou para pensar qual é a sua parcela de responsabilidade diante do que não deu certo? Será que não é devido à sua forma de ver o mundo que o estresse acontece e com ele todas as consequências físicas e emocionais em sua vida?

Faço este convite a você: pare e observe como você encara o mundo ao seu redor. Este pode ser um primeiro passo para não ser refém da vida e dar um novo significado à sua história.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

É necessário entender o valor da Santa Missa

Na Santa Missa, Jesus vem e nos fecunda com a Sua redenção. As pessoas que apresentamos a Ele, os problemas e as situações que vivemos, tudo isso é assumido por Cristo no Seu sacrifício redentor. Para isso é preciso que nós católicos entendamos o valor da Celebração Eucarística.

O inimigo de Deus tem consciência da importância da Santa Missa, por isso, faz questão de obscurecer o nosso entendimento. Ele trabalha a nossa mente para não darmos a devida importância a ela. Distrai-nos com tudo o que está acontecendo à nossa volta no momento da Celebração Eucarística, como as músicas, os instrumentos e as palmas. Passamos a ficar preocupados com a procissão de entrada e do ofertório, com os que vão fazer as leituras e a coleta. E assim, ocupados e distraídos com tantas coisas, ficamos alheios ao sacrifício da Cruz, a grande realidade invisível naquele momento.

Não podemos nos deixar enganar! Precisamos ter uma liturgia bem preparada, com procissões, leituras, músicas, mas tudo deve estar centrado na renovação do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, o sacrifício do calvário. Quando descobrirmos o valor da intercessão de Jesus na Santa Missa, encontraremos um grande tesouro.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Você sabe o que é EVP???
Equipe Vocacional Paroquial
"A implantação ou fortalecimento de uma EVP será, sem dúvida, uma resposta muito concreta para a vida dos jovens. Afinal de contas, quanto mais investirmos nas novas gerações, mais estaremos apostando na felicidade dos jovens, na vida da Igreja e na construção de uma nova Sociedade.
Deus abençoe intensamente cada paróquia que acreditar e aportar na organização da sua Equipe Vocacional."
Dom Eduardo Pinheiro da Silva
Bispo Referencial do SAV Regional Oeste I - CNBB

segunda-feira, 25 de junho de 2012

‎"Amar é ensinar o outro a caminhar.
Nunca carregue no colo quem sabe andar"
Padre Léo

sexta-feira, 22 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quem Somos Nós?



Se o tema do I despertar vocacional foi “Quem sou eu?” Agora o II despertar teve como tema: “Quem somos nós?”. O serviço de animação vocacional da arquidiocese realizou o segundo encontro nesse último domingo (17/06) no seminário de filosofia, iniciando às 7h30 com aproximadamente 70 jovens vindos das diversas paróquias da nossa arquidiocese, inclusive da forania rural. As palestras versaram sobre vocação, como iniciativa da Trindade e também sobre alguns critérios para o discernimento vocacional. Dom Dimas também marcou presença no encontro juntamente com alguns padres e seminaristas da nossa arquidiocese. Foi um dia de oração, orientação e questionamentos sobre o querer Deus em nossas vidas. E você, já se interrogou sobre a sua vocação?



Seminarista Bruno C. Capistrano
Coordenador do Sav diocesano
 Se a vocação é presente, é graça, então é ferramenta para ser santo. Dispensá-la é dispensar a santidade, consequentemente, dispensar a VIDA. Então dispensar a Vocação que Deus te deu é MORRER. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

sábado, 16 de junho de 2012

Esta chegando o grande momento domingo o Despertar Vocacional. Muitos já disseram SIM e confirmaram sua presença. E você? Já fez sua inscrição?????
Não perca tempo! Faça agora mesmo! Rápido e fácil. Clique no link abaixo.
http://arquidiocesedecampogrande.org.br/arq/component/jforms/3
Seja bem vindo tudo foi preparado para você com muito carinho.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Se soubesse de tudo quanto há no mundo, mas não tivesse caridade, de nada valeria diante de Deus que há de julgar segundo as minhas obras! IMITAÇÃO DE CRISTO

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não há vocação sem cruz



O Senhor tem uma vocação e uma missão para cada um de nós, como tinha uma vocação e uma missão para os seus apóstolos. O Senhor quer usar a sua profissão para resgatar as pessoas.

As vocações são diferentes: uns saem de casa para seguir o chamado de Deus. Outros ficam para realizar a missão que Deus lhe confia. Minha vocação foi sair de casa para enfrentar o seminário e hoje ser padre. Mas, se a sua vocação é ficar na sua casa, como pai e mãe de família, você precisa realizá-la e bem. Saiba, a ressurreição virá à sua casa e as coisas serão transformadas.

Perceba ao que deve renunciar para seguir a sua vocação. Abrace a sua cruz e deixe de lado todos os medos, todas as dificuldades e tudo o que impede você de realizar a sua vocação.

Não há vocação sem cruz. Não há amor sem renúncia. Aquele que é chamado ao matrimônio renuncia aos valores da vida religiosa. Os que são religiosos renunciam a ter esposa e filhos. Todo caminho vocacional é um caminho de renúncia. E esta renúncia é optar por aquilo que Deus escolheu para nós como vocação.

Quando você acolhe a sua vocação, está acolhendo o caminho de Deus para sua vida.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vocação e os dons de Deus são irrevogáveis



Todos nós somos vocacionados, e a nossa vocação primaria é a santidade.

O mais característico: uma vocação é uma entrega. Entregar-se totalmente ao Senhor, e deixar que Ele faça.

'Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. ' (Gêneses 12, 1- 4 )

Abraão saiu e seguiu. Vocação é seguir a Deus sem nenhuma segurança. Nossa vocação é darmos respostas diárias.

É preciso coerência no nosso chamado, a vocação está dentro de nós e é preciso corresponder, imagine se Abrão não fosse coerente ao chamado de Deus, através do sim do Abraão muitos vieram.

Os talentos que Deus nos deu, não para nós mesmo, é para os outros. Por isso precisamos ser coerente com aquilo que Deus nos dá. É preciso decisão.

“Os Dons e a Vocação são irrevogáveis ”. Deus não escolhe os melhores, mas Ele capacita aqueles que se decidem, tudo depende da nossa decisão. Nunca sonhei em ser padre, era vereador, até que um dia em Gravatá em um encontro com o monsenhor Jonas, e aconteceu o chamado ao meu coração, e na fé, na ousadia dei o meu "sim". E como Abraão fui convidado a deixar minhas certezas, os meus sonhos, minha segurança. É preciso termos decisão e seguir na fé.

Na nossa entrega de coração, Deus manisfesta o seu amor. A vocação significa andar por onde não se sabe, é andar no escuro, e deixar ser conduzido por Deus.

A Vocação nasce do encontro


O chamado é iniciativa de Deus


Por que Saulo (Paulo) perseguia a Igreja? Pergunta que nos interroga, sensibiliza e abre uma grande lacuna. Por que Deus escolheu um perseguidor? Tanta gente boa. Mas vamos conhecer primeiro Saulo para podermos entender o porquê da pergunta. Saulo, natural de Tarso da Cilícia, filho da tribo de Benjamim, a mesma do rei David, era filho de comerciantes ricos, cidadão romano, ligado à seita dos fariseus, aluno do glorioso rabino Gamaliel, zeloso defensor da Torá. Ele era fariseu, filho de fariseu.
Israelita orgulhoso, alma de fogo e coração íntegro, ainda jovem, era conhecido apenas por seu nome judeu de Saulo. Impulsionado pelo entusiasmo impetuoso da mocidade; abrasado em ânsias de proselitismo próprio do judeu, julgou que tinha missão religiosa para cumprir: combater o Cristianismo até destruí-lo. Por considerá-lo uma traição ao Judaísmo, perseguia os seguidores de Cristo porque eles tinham abandonado a lei mosaica para seguir um tal de Jesus, sobre o qual um monte de fanáticos cristãos pregavam e diziam ter ressuscitado dos mortos .
Ele, como um bom judeu, intelectual e fiel à lei, precisava fazer alguma coisa para acabar com aqueles que estavam destruindo o Judaísmo. Quando Paulo se dirigia pelo caminho a Damasco, seu coração estava cheio de agressividade contra os cristãos, não porque fosse um homem mau, mas por ser fiel às tradições nas quais havia sido formado. Estava cheio de agressividade, pois se sentia ameaçado por esta nova fé que se opunha às suas tradições mais caras nas quais fora ensinado. Era pelo amor de Deus que perseguia os inovadores.
Um belo exemplo de experiência de Deus é a do Apóstolo Paulo. O que lhe acontece no caminho de Damasco foi certamente uma experiência de ponta, marcante e indelével. Esse foi um momento muito importante em sua vida. Mas ele esteve certamente também intensamente unido ao Cristo durante todos os anos seguintes de sua vida e não apenas nesse momento particular.
Essa experiência era para Paulo, unicamente para ele. Naquele momento Jesus o queria, o Senhor se apossa da vida dele, mas sem lhe tirar a liberdade. Então ele passa a pertencer unicamente a seu Senhor, pelo qual foi convocado. Agora sua vida se resume na obediência ao seu Senhor.
Deus foi absolutamente livre no chamado de Paulo, nada foi lhe imposto, sendo ele livre para dar uma resposta responsável a Altíssimo. O Senhor, quando o chamou, pôs em seu coração a capacidade de resposta, não o amarrou, nem o obrigou a nad, mas lhe deu condições de decidir e corresponder ao dom recebido. O Senhor abriu-se a Paulo em uma condição de diálogo, algo pessoal e íntimo.
O apóstolo dos gentios passou por uma transformação histórica e interior, tornou-se uma nova criatura porque Deus lhe concedeu o dom da fé e da esperança. Por intermédio de Cristo, ele recebeu de Deus a vida nova.
O chamado é uma pura iniciativa de Deus. O Senhor quando vocaciona alguém já tem um projeto para a vida de quem responde o ''sim'', não como uma predestinação, mas como uma resposta de amor. Ninguém veio do ocaso, nem para ficar solto no mundo, todos viemos para livremente dar uma resposta ao projeto de Deus único e irrepetível. Dizer “sim” é tornar-se um canal de graça para os outros e para o mundo. Neste sentido nós participamos do plano do Pai.
O seguimento a Deus é apenas uma "gratidão" espiritual. Acima de tudo foi Ele quem possibilitou ao homem participar da existência que pertence somente a Ele.
Seguir ao Senhor deve ser a expressão máxima da alegria de todo ser humano; deve exalar o perfume de Cristo. Toda vocação deve tornar-se atraente, deve provocar nas pessoas um encontro com Deus, transformar o mundo, os corações.
Por isso, uma vez vivendo e experimentando o amor vocacional, o chamado de Deus não deve ser vivido de forma frustrante deixando a vocação tornar-se velha; esta deve ser sempre nova, apresentar a cada dia a novidade do Espírito Santo. Os outros precisam ficar fascinados com o efeito da graça na vida de quem é consagrado ao Senhor. É preciso comunicar a vida para os homens que somente Cristo pode dar.

domingo, 10 de junho de 2012

Vocação Sacerdotal, um chamado de Deus



A missão de cada sacerdote é clara e precisa

Eu considero que a primeira reflexão deve ser sobre o caráter estritamente sobrenatural do chamado de Deus: foi Ele quem tomou a iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos vocacionados tomarão. Porque não são os vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da intervenção divina (Cf. Jo 15,16).
A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.
A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?
Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.
Que honra! Que doce o peso que Ele coloca sobre ombros de cada sacerdote: é o peso imponderável da Redenção, na qual se contém a felicidade pessoal e eterna de cada homem.
Chamado que respeita a Liberdade
Deus respeita em sua integridade o homem e quando chama uma alma a seu serviço, em seu solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, com a paciência e amor que em sua revelação podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias normais que trazem consigo esses processos e situações, e que em seus altos e baixos mal controlados poderiam inclusive determinar a decisão fundamental da alma e comprometer seu desígnio.
Há muitos jovens que Deus nosso Senhor preparou amorosamente desde toda a eternidade para que sejam sacerdotes; há muitos jovens que Deus chamou para serem sacerdotes; mas nem todos correspondem ao chamado de Deus, porque o chamado de Deus não implica o esmagamento da liberdade da pessoa humana; Deus sempre deixa a liberdade de seguí-lo ou não segui-lo. Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, absolutamente livre; cada um deles pode responder a Deus: sim ou não.
Chamado que exige uma resposta pessoal
Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'.
Chamado que implica Santidade
A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a santidade urgente! Temos por vocação que nos esforçar para adquirir a consciência de que hoje e amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser santos. Alter Christus (Outro Cristo): glorificador do Pai e salvador de almas.

sábado, 9 de junho de 2012

Missa vocacional na comunidade São João Batista em Anhandui. Confira as fotos

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vida Cristã e vocação


O seguimento de Jesus Cristo se faz em comunidade

Buscamos juntos os caminhos para a presença cristã num mundo pluralista, desafiador e ao mesmo tempo maravilhoso, até porque não o recebemos pronto. Faz parte do amor eterno com que Deus nos criou que cada geração assuma de novo a tarefa de “dominar a terra” (Cf. Gn 1, 26-31). Nossos antepassados deram conta de suas responsabilidades e somos gratos pela contribuição que ofereceram, mas o tempo que temos é o de hoje e nós somos “a bola da vez”.

O Senhor provoca cada pessoa a um compromisso com a edificação do mundo, tecendo a teia de relacionamentos com a natureza, o próximo e com o próprio Deus. Todos nós recebemos uma bateria de dons e capacidades que nos dão condições para marcar com nosso selo pessoal a realidade em que vivemos. Identificar os dons pessoais, acolhê-los e fazê-los frutificar! Este é o primeiro passo.
O Papa Bento XVI afirmou, há poucos dias em Madri, que o seguimento de Jesus Cristo se faz em comunidade de Igreja. Pois bem, as pessoas com as quais convivemos são instrumentos de Deus para que nossos dons se revelem. Quem já sentiu um apelo vindo de sua comunidade, chamando a servir e a promover o bem comum deve ter percebido que esta é uma das fontes mais significativas de realização humana. Tarefas assumidas, de acordo com as necessidades de uma comunidade concreta, despertam capacidades impensadas anteriormente. Aprende-se a fazer por causa do chamado de Deus feito pelas pessoas. E muitos descobriram assim seu modo de fazer o bem, especialmente pelos mais pobres. Olhar ao nosso redor e escutar os clamores das pessoas e não fugir da raia, pois há um lugar para cada um de nós.
Há outro e não menos importante espaço para identificar o bem que se pode fazer. É lá dentro de nosso coração, quando entramos em nosso “quarto” interior que Deus fala. Há um trato de “tu a tu” com o qual Deus olha em nossos olhos e chama. Estranha-me saber que muitos nunca chegaram a entrar nesse quarto interior. Todas as pessoas humanas foram criadas para a intimidade com o Senhor, sem exceção. Não existe uma categoria inferior de cristãos, à qual não se desse as pérolas do Evangelho.

Dons que o Senhor confiou, apelos das pessoas, inspiração interior. São as fontes para todos os cristãos, independente de idade ou estado de vida, haurirem a sabedoria necessária para viverem sua vocação. Sim, existe um olhar especial de Deus para cada pessoa, expressão de Seu amor. Se cada cristão se descobrir missionário, teremos uma imensa multidão de homens e mulheres presentes na sociedade e no mundo, conduzidos todos pelo Espírito Santo, transformando nossa realidade, fermentando-a com os valores do Evangelho. Neste final de semana, intensamente vocacional em nossa Igreja de Belém, com a Feira Vocacional e o Show Vocacional, o Senhor nos conceda a resposta generosa de muitas pessoas a trabalharem pelo Evangelho e pela Igreja.
Em Madri, a Jornada Mundial da Juventude se transformou num grande chamado vocacional. Os jovens ali presentes, de cento e noventa e quatro países, receberam a cruz e o mandato missionário, acolhendo o convite do Sucessor de Pedro. Era maravilhoso ver as ruas da capital espanhola, num país de forte tradição católica, quase envergonhado nos últimos tempos de suas raízes cristãs, regadas pelo sorriso, pela disponibilidade e pela coragem da juventude.

Os jovens deram um verdadeiro banho de vida espiritual que se estendeu aos confins da terra. Na Vigília vivida com o Papa, depois de uma tempestade que assustou a todos, era positivamente chocante ver um mar de silêncio que se estendia quando o Santíssimo Sacramento foi exposto. Ninguém precisou dizer àquela juventude maravilhosa que se calasse. O rumor das aclamações transformou-se em adoração! Sim, a segurança que encontramos para confiar no futuro está no alto, no céu que se faz presente no Altar. Para lá nossos jovens querem olhar e de Jesus nascerão novos apóstolos para novos tempos. A luz se faz presente!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vocação: Identidade de Vida


O vocacionado põe vida no que faz e se identifica com sua ação

Na história concreta de existência das pessoas, um dado fundamental que as identifica é o seu estado natural de vida, a escolha que cada uma faz e assume na expectativa da felicidade. Dizemos e chamamos a isso de vocação ou realização pessoal.

Nem sempre podemos dizer que uma profissão seja propriamente uma vocação. Muitas pessoas realizam aquilo que não coincide com o que gostariam de fazer. Seria uma vocação errada ou falta de oportunidade para exercer realmente o que gostariam?
Na verdade, fazemos bem alguma coisa quando temos vocação para tal. Vocação tem a ver com a intensidade com que fazemos algo e a felicidade que daí podemos conseguir. Portanto, a medida da vocação está na amplitude da felicidade vivenciada.

O termo “vocação” vem da palavra latina “vocare”, que quer dizer chamar. No contexto cristão dizemos que o vocacionado é uma pessoa que sentiu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida.
Não é difícil ver quem realmente é vocacionado. As suas ações são fecundas e benéficas para os outros. Ele põe vida no que faz e se identifica com sua ação. Caminha firme, sem medo e sem vacilar, porque está seguro da própria identidade e missão.

No mês de agosto destacamos alguns tipos de vocações, todas elas identificadas com algum trabalho dedicado ao povo. Falamos da vocação sacerdotal, vocação dos pais, dos religiosos e religiosas, dos leigos e leigas cristãos, entre eles, os catequistas.

São muitos os vocacionados na sociedade, cada um dentro de seus objetivos de vida concreta e com oportunidade de fazer o bem na construção de um mundo melhor e mais saudável para todos. Importa colocar essas qualidades naturais para render e dar frutos.

Essa identidade de vida deve ser descoberta por cada pessoa. Além da descoberta, é uma escolha que supõe muita atenção, principalmente na adolescência e juventude. Havendo um erro, ele pode ser prejudicial e trazer consequências indesejáveis, prejudicando e dificultando um futuro feliz.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

“A vocação ao amor é a vocação ao doar a si próprio, e isso nenhuma condição orgânica pode impedir. Portanto, onde a ciência não encontra resposta, a resposta que ilumina vem de Cristo”,  Bento XVI.

terça-feira, 5 de junho de 2012

A vocação do diaconato permanente


Esse chamado passa pelo discernimento da Igreja

O diácono permanente é uma vocação da Igreja para o serviço da comunhão, para o serviço dos irmãos. Neste texto gostaria de falar sobre essa vocação, porque é uma novidade na própria Igreja, e em muitas dioceses ainda não está implantada.
No site da Comissão Nacional dos Diáconos Permanentes: www.cnd.org.br, o padre Walter Goedert apresenta uma definição e comentários muito interessantes sobre a vocação, destaco o que ele escreve:
"Dado que o diácono permanente é simultaneamente pai e esposo, exerce uma profissão civil e se consagra à comunidade eclesial pelo sacramento da Ordem, sua vocação abrange vários aspectos. Na verdade, são três grandes dimensões: familiar, profissional e eclesial. Embora com desafios próprios, estas não deixam de contribuir positivamente para a realização da vocação diaconal.
Administrar esses desafios e colocá-los a serviço da missão constitui tarefa diária. É preciso maturidade para atribuir a cada função o peso certo no momento exato. A harmonização dos possíveis conflitos exige uma escala de valores ditada pela vivência dos sacramentos do Matrimônio e da Ordem, e pela responsabilidade profissional. Não se trata de privilegiar uma das dimensões em detrimento das outras; é preciso, mesmo dando prioridade momentânea a uma delas, buscar o equilíbrio. Sem essa harmonia não existe plena realização vocacional.
Uma vez que a vocação inclui aspectos sobrenaturais (é Deus quem chama e espera resposta), é necessário aplicar à vocação diaconal as características bíblicas do chamado. Vocação é antes de tudo, dom de Deus: "Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações" (Jr 1,4-5). É também dom para a Igreja. Um bem para o vocacionado e para sua missão. Como dom, deve ser acolhido dentro das circunstâncias de tempo e de ambiente. Na avaliação da autenticidade de uma vocação devem ser levadas em consideração as aptidões objetivas do candidato, a livre determinação da vontade e a confirmação do chamado pela Igreja. Esse processo deve ser feito em estreita união com a família do candidato [ao diaconato], com a comunidade eclesial e com os responsáveis diretos pela formação diaconal.
A Sagrada Escritura revela, ainda, que o chamado acontece em vista de uma missão especifica. É convite pessoal que espera adesão consciente de fé e de vida, incluindo uma consagração particular a Deus em forma de serviço ao povo. Toda vocação constitui um serviço; o chamado ao diaconato o é de forma especial por ser o diácono sinal sacramental de Cristo-Servo.
O serviço, comum a todos os cristãos, o diácono o assume como função própria, da qual dá testemunho personalizado. Abraça a diaconia com toda a intensidade de sua vida, como algo que lhe diz particularmente respeito. João Paulo II afirma: "O diaconato empenha ao seguimento de Jesus, nesta atitude de serviço humilde que não só se exprime nas obras de caridade, mas investe e forja o modo de pensar e de agir" (L'Osservatore Romano, ed. portuguesa, n. 43 (24/10/93), p 12). Por isso, Puebla afirmou que a missão e a função do diácono não devem ser avaliados com critérios meramente pragmáticos, por estas ou aquelas funções [...]. O carisma do diácono é ser sinal sacramental de Cristo-Servo (P 697-698).
Embora a vocação surja de um chamado de Deus, Ele o faz, normalmente, por meio de caminhos ligados à realidade em que vivemos. O chamado é acolhido por homens concretos, cada qual com sua história, limitações e qualidades. Por conseguinte, o discernimento vocacional deve levar em consideração não só critérios objetivos, mas também requisitos pessoais, espirituais, familiares e comunitários ('Diretrizes para o diaconato permanente', 135-139). Devem ser considerados desde as tendências instintivas e os desejos íntimos até o modo de ser de cada um, seu ambiente, sua história."
A vocação, portanto, passa pelo discernimento da Igreja, que, como mãe, acolhe aqueles homens dispostos a dedicar a vida ao serviço da Igreja, ao povo de Deus.
Sou diácono permanente desde o dia 5 de julho de 2008, portanto, há dois anos tenho a graça de servir a Igreja na minha pobreza, com a certeza de que o Deus, que me chamou pessoalmente a este serviço, me ajuda a cada dia com o auxílio de Sua Graça, o apoio de muitos amigos e de minha comunidade e a compreensão de minha esposa e de minhas duas filhas.
Se você sente este impulso de "ser menos" para servir melhor a Igreja, o caminho é buscar o seu pároco e falar sobre isso, e se ele indicá-lo para essa função você deverá fazer a sua preparação na Escola Diaconal de sua diocese, caso ela tenha esta escola, pois em muitas dioceses ela ainda não foi implantada. E, assim, colocar a vida nas mãos de Deus, buscando a fidelidade nas orações, se dispondo a estar próximo ao altar como ministro extraordinário da sagrada comunhão, pregando a Palavra de Deus e sendo atuante na sua comunidade.
Deus abençoe a sua vocação.

domingo, 3 de junho de 2012

Suportai-vos uns aos outros no amor


“Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a levardes uma vida digna da vocação que recebestes: com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor.” (Ef 4,1-2)
Suportar o outro no amor. Ser um suporte, uma sustentação. E no amor, pois somente através do amor é verdadeiramente possível sustentar o próximo. Só assim teremos uma “vida digna da vocação” que recebemos por parte de Deus.
As palavras de São Paulo na Carta aos Efésios devem estar em nossa mente quando estivermos em dificuldade no relacionamento com qualquer um de nossos semelhantes. Se tivermos esse pequeno trecho em nossa cabeça, muitos problemas deixam de existir.
Você tem um chefe ranzinza? “Suportai-vos uns aos outros no amor.”
Dificuldades no matrimônio? “Suportai-vos uns aos outros no amor.”
Brigas com o vizinho? “Suportai-vos uns aos outros.”
Você pode estar pensando: “É verdade, devo ser suporte para o meu próximo. Mas a Palavra de Deus diz ‘uns aos outros’, então o meu próximo deve me auxiliar também. E se ele não faz nada e só dificulta as coisas?”
Então, tenha uma “vida digna da vocação que recebestes” do Pai e seja suporte para ele no amor de Deus. Faça sempre a sua parte.
Assim seremos “solícitos em guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef 4,3)

sábado, 2 de junho de 2012

Vocação: um chamado à santidade



“A vocação do cristão é a santidade, em todo momento da vida. Na primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também no outono e no inverno da velhice, e por último, na hora da morte.” (Papa João Paulo II)
Muito nos questionamos a respeito do que seja realmente vocação. Por vezes pensamos ser a vocação apenas uma função, ser membro de uma Pastoral, estar encarregado disso ou daquilo ou ser isso ou aquilo no corpo místico de Cristo que é a Igreja. Quando nos enquadramos em um desses exemplos e não abrimos o coração e a mente ao entendimento da Palavra de Deus e os seus projetos para o homem, corremos o risco de não nos encontrarmos em nossa caminhada, e pior do que isso, não encontrarmos Cristo Jesus.
Quando o apóstolo Pedro nos escreve: “a exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações. “(I Pedro 1:15). E encontramos no livro do Levítico: “sede santos porque eu sou santo.” (Lev 11,44), Percebe-se então a resposta do que é esse chamado: vocação é ser santo.
Ser santo, a exemplo do que Pedro escreveu é ser imitador daquele que nos chamou: Jesus Cristo, Nosso Senhor. A santidade em Cristo é a videira que produz diversos frutos, trinta, sessenta e cem por um. Sem ela, as ações e as palavras se perdem ao vento e são como flechas lançadas ao nada.
A santidade não é algo distante de nós. Ela não é de forma alguma algo que exija grandes feitos e grandes dons como fazer um paralítico andar, ressuscitar um morto ou curar um doente. A santidade está ao alcance de todo aquele que despoja seu coração para Jesus e deixa o Espírito Santo trabalhar nele.
Quando permitimos que Cristo faça parte de nossa vida, de nossa história, do trabalho, do estudo, do namoro, amizade, de nossa família, do nossos atos, pensamentos, intenções e projetos, quando nos deixamos moldar pela vontade de Deus, nossa imagem acaba se assemelhando a de Jesus e nossas vidas à vida dele. Passamos então, a responder ao chamado de Deus e encontrar o sentido do ser vocacionado. O coração se prontifica a fazer parte do amor de Jesus, se torna grato por ele e quer vivê-lo, respirá-lo e anunciá-lo aos outros. Daí surge uma família vocacionada, uma pessoa que encontra nas práticas simples e nas obrigações do dia-a- dia a realização daquilo que pede o Evangelho.
De maneira especial, a vocação passa pela mãe Igreja. Guardiã e templo do Espírito Santo, este tem se manifestado de diversas maneiras, sobretudo nos últimos tempos, onde tem inflamado a Igreja de carismas. Dentro desses carismas vemos a maravilha das Novas Comunidades. Estas são um celeiro para vocações. Nelas Jesus convida a uma vivência mais profunda e constante do Evangelho, onde através do despojamento, inclusive dos bens materiais, podemos colocar em prática o amor, o perdão, a doação, o convívio fraterno e, principalmente, a missão de evangelizar.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Três casos de Vocação


 Parte 2: Desapegar-se


A outro disse: Segue-me. Mas ele pediu: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. Mas Jesus disse-lhe: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus. ” (Lc 9, 59-60)
Caros irmãos e irmãs, a paz e a alegria que vem do Pai estejam em seus corações!
Mês passado iniciei uma reflexão sobre o texto referente aos três casos de vocação que está no Evangelho de São Lucas (Lc 9, 57-61), naquele primeiro momento refleti sobre a necessidade de lançar-se se quiser ser um verdadeiro discípulo do Senhor.
No primeiro caso é o discípulo que se coloca primeiro dizendo ao Senhor que quer seguí-lo. No segundo, que é o do versículo citado no início deste texto, é o Senhor quem diz “Segue-me“. Prontamente o discípulo se mostra disposto a seguir ao Senhor, contudo parece que ainda há um empecilho: “permite-me ir primeiro enterrar meu pai.”.
Apesar do desejo de seguir o Senhor, muitas vezes não conseguimos Lhe dar uma resposta precisa. Queremos nos despedir dos nossos pais, deixá-los numa situação confortável, não queremos nos desvencilhar das nossas amizades, do nosso trabalho, da nossa segurança financeira, da nossa casa, do namoro… Quantos de nós já nos sentimos chamados pelo Senhor para seguí-Lo de um modo mais radical, mas não tivemos coragem de “deixar que os mortos enterrem seus mortos“?
Lendo estes versículos lembro-me muito de Nossa Senhora. Ela quando foi chamada pelo Senhor, na Anunciação, preocupou-se em entender apenas como tudo aquilo seria possível sendo ela virgem. Em nenhum momento ela preocupou-se em dar satisfação aos seus pais ou ao seu noivo, naquele momento Maria desapegou-se de qualquer vínculo afetivo, desapegou-se de suas seguranças, de seu bem estar. Ela desapegou-se das coisas deste mundo para apegar-se unicamente Àquele que realmente pode preencher a nossa vida, o nosso coração: Maria apegou-se ao Senhor, ao Amor!