segunda-feira, 30 de julho de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012


O que faço para me corrigir?
Refletir sobre nossas fraquezas é coisa de que não gostamos de fazer! Sempre que nos deparamos com alguma limitação, nossa maior tendência é dar um jeito de consertar a situação, livrar-nos da insegurança que ela provoca e, infelizmente, esperar que qualquer outra fraqueza apareça e nos faça sofrer de novo!É que nos falta reflexão! Falta-nos coragem e maturidade para olhar o que é fraco em nós – como indicadores de campos de trabalho – e não como fracassos!Exatamente por isso é que talvez você nunca tenha pensado que, todas as vezes em que você julga alguém, na verdade, você está também demonstrando quem você é.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O chamado...


A oração é o acontecimento que atinge decisivamente e para sempre a existência de uma pessoa. Perceber, assumir e viver fielmente essa vocação “chamado” é algo que vai acontecendo num processo de amadurecimento gradual.
Na vocação, há uma grande dose de mistério. Nem sempre é razoável, coerente e explicável. A história das vocações está povoada de fatos surpreendentes, espontâneos, às vezes sérios e outras vezes engraçados. Quase sempre a história de uma vocação foge de uma leitura puramente racional.
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Quando falamos em vocação, é a pessoa que está em questão. É ela indentidade incomunicável e intransferível. Cada vocação tem o peso da realidade pessoal, do processo histórico. É a aventura de cada pessoa na descoberta do Deus vivo – experiência profunda do ser eleito, querido, chamado e enviado por Deus. Essa experiência verdadeira marca para sempre a vida da pessoa, atingindo os ossos e a medula, impossibilitando-a de ficar acomodada.
 RELAÇÃO DIALÓGICA
O que impulsiona a humanidade para frente é a comunicação. Temos necessidade da comunicação. Como é gostoso falar daquilo que somos, daquilo que gostamos, como é gracioso falar daquilo que amamos . Já diz o provérbio Latino “o bem se difunde por si mesmo”. Declaramos na comunicação aquilo que somos. Deus é assim. Ele se revela, se comunica, na sua palavra, nas suas ações, na natureza, nas pessoas, na sua obra criadora. Quando falamos de Deus, comunicamos a profundidade de sua vidaem nós. Revelamos até que ponto Deus atingiu nossos ossos, nossa medula, nosso ser.
A palavra de Deus é Jesus Cristo, sua encarnação – manifestação histórica e concreta. Jesus é comunicação – notícia de Deus. Sua vida, presença, pregação , sua morte e ressurreição é a mensagem, revelação, testemunho, explicação de Deus ao mundo. Em Jesus tornar-se visível quem realmente é Deus. Jesus é a chave para compreendermos a vocação, ou seja, o “chamado”. Não é possível sentir-se chamado por Deus, descobrir a própria vocação, vivê-la fiel e quotidianamente sem uma relação profunda com a Palavra de Deus. Em Jesus, Palavra plena de Deus ao mundo, ouvimos o chamado. Toda opção vocacional verifica-se dentro de uma história de diálogo e de comunhão, de acolhimento e de relação com Jesus Cristo. Se a opção vocacional, como acolhimento, resposta e missão, não for feita em relação à Palavra de Deus, torna-se simples busca pessoal, que se ajusta e submete a circunstâncias concretas, interessadas e imediatas.
O espaço vital da pessoa chamada é a Palavra de Deus. Não só se alimentar da leitura da mesma, mas vive desta escuta. Faz dela oração pessoal e comunitária: A palavra de Cristo habite em vós com toda sua riqueza (Col3,10). A Palavra de Deus está na Bíblia , na Igreja e em cada pessoa . Em cada um de nós desperta ecos particulares , sendo por si mesma, ponto de partida para o discernimento mais pessoal e mais íntimo do chamado de Deus à nossa vida. A Palavra de Deus nos alcança , remove-nos e comove-nos, toca-nos e levanta-nos. É semente posta no coração, espalhada no campo amplo e pessoal de cada um. Aí é o lugar muito próprio, no qual se manifesta.
O fato vocacional cresce e se desenvolve geralmente em clima ou espaço em que a Palavra de Deus possa expressar-se e encontrar eco. Não é suficiente um simples atrativo natural e pessoal, inclinação natural, certo gosto. Onde está a Palavra de Deus, ali se nutrem, suscitam e florescem vocações. A leitura da Palavra de Deus, oração, a celebração da fé permitem à Palavra de Deus dirigir-se a cada um, encontrar o ambiente, a situação e o lugar de reconhecimento da mesma.
Isso é decisivo não só para o nascer de uma vocação, mas para o processo de amadurecimento e perseverança. O chamado-vocação pode paralizar-se ou até esterilizar-se se for perdido o ambiente onde já não se ressoa o dinamismo da Palavra de Deus. Esse dinamismo pode ser sufocado.
A Palavra de Deus vivo desperta conhecimento, opção de entrega incondicional, compromisso. Entrando nessa dinâmica toma-se consciência do discernimento, eleição, decisão e fidelidade humilde. A Palavra de Deus é tesouro escondido no campo (Mt 13,44-46). A abandonar tudo para acolher o Todo. A alegria do achado impulsiona a pessoa à decisão radical de conversão ou mudança de vida.
Deus se dirige à pessoa e a convida. Não despoticamente. A pessoa é livre. Pode recusar o chamado. “Chamei-vos e não respondeste, falei e não ouvistes” (Os 65,12).
Falei-vos assiduamente, ainda que não ouvísseis, e vos chamei, mas não respondestes (Jr 7,13). Na medida que a pessoa resiste a crer, encontra-se sempre com seu medo, com sua incapacidade, procurando desculpas para fugir ao chamado, imperioso comprometedor de Deus.
Ao responder ao chamado de Deus, a pessoa toma consciência de que vai entrar em conflito com as exigências do mundo. Quando Deus chama alguém é para dispor dele inteiramente, de sorte que já não é dono de si, mas o outro domina sua vida. No meio do deserto, Moisés se dá conta de que alguém pronunciou seu nome duas vezes “Moisés, Moisés”. Esta experiência é violenta, como a que podemos ter quando alguém nos chama pelo nome num ambiente totalmente estranho.
Quando Deus se aproxima de uma pessoa e lhe fala, esta fica situada diante de uma opção. Este chamamento de Deus é o meio pelo qual ele converte as pessoas inominadas em instrumentos de sua vontade. Este acontecimento reveste a pessoa chamada de “mandato de sabedoria e de responsabilidade”. Deus confia uma missão concreta, cujo caráter revela imediatamente ou mais tarde. Este acontecimento é tão determinante que deixa a pessoa chamada totalmente só com Deus.
A NOSSA PEQUENEZ
A eleição nunca está vinculada ao valor ou “status” dos chamados, mas ao agir livre e gratuito de Deus que contradiz, os pressupostos humanos. Quem aceita que Deus o eleja imerecida e surpreendentemente, reconhece sua incondicionalidade e unicidade, como expressão da assunção total das exigências que isso comporta.
A eleição não se funda em pressupostos humanos nem proporciona nenhum tipo de privilégios. Seu sentido profundo e finalidade é que conduz a uma resposta ao amor de Deus, à obediência a ele e ao cumprimento de uma nova missão. Esta decisão não é objetivo alcançado, mas o início de um caminho. Deus como oleiro, trabalha a pessoa como argila (Gn 2,7). Reconhecer que Deus entra na história pessoal e a vai dirigindo, leva a idéia da vinculação pessoal com ele. “Sei muito bem que Deus está por mim”(Sl 56,10). Deus é para o eleito, apoio, único bem, força, libertação, âncora no meio da tormenta, luz no meio das trevas.

Nem todos aqueles aos quais Deus se dirige alcançam o objetivo do seu chamado. A fé e o seguimento são frutos de disposição ou de decisão humana de confiante abertura, de acolhido simples e de fidelidade incondicionada. A eleição é graça. Deus elege a todos.
A resposta como acolhida é sempre confiança. “Vede, irmãos, quem foi chamado entre vós: não muitos sábios em sabedoria humana, não muitos poderosos, não muitos nobres; antes, Deus elegeu a loucura segundo o mundo, para envergonhar os sábios; e Deus elegeu a fraqueza, segundo o mundo, para envergonhar os fortes: Deus elegeu os plebeus, segundo o mundo, anular desprezando o que não é, para o que é (1Cor 1,26-28).
Os pequenos são os pobres de espírito das bem aventuranças de Jesus (Mt 5,3), os simples, o povo baixo, os pecadores, os desprezados, os não inteligentes, os considerados sem direitos ao conhecimento.

Deus cria sempre muitos desconcertos em nossos organogramas . Ele nunca se aproxima para nos dar razão, mas para nós confiarmos nele. Ele nunca nos fala para aplaudir nossos caminhos, mas para que comecemos a percorrer os seus com alegria e confiança incondicional. Quem aceita com humildade o plano de Deus acerca dele, ainda que não consiga entender todo o seu alcance e todas as suas conseqüências, esse é o “Servo do Senhor”, como Maria, a mãe de Jesus, protótipo de “eleita” de “chamada”: Eis a escrava do Senhor; “Faça-se em mim segundo a tua vontade” (Lc 1,38).

terça-feira, 17 de julho de 2012

A oração é o acontecimento que atinge decisivamente e para sempre a existência de uma pessoa. Perceber, assumir e viver fielmente essa vocação “chamado” é algo que vai acontecendo num processo de amadurecimento gradual.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

Diferenças entre: profissão e Vocação


Profissão
Vocação
1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho1. chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser
2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço
3. pode ser trocada3. é para sempre
4. é exercida em determinadas horas4. é vivida 24 horas por dia
5. tem remuneração5. não tem remuneração ou salário
6. tem aposentadoria6. não tem aposentadoria
7. quando não é exercida, falta o necessário para viver7. vive da providência divina
8. na profissão eu faço8. ha vocação eu vivo

A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.

sábado, 14 de julho de 2012

"Feliz quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme o que lhe parece."

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres"


"Não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres".
A rica variação entre os relatos dos Santos Evangelistas é, sobretudo, evidente quanto aos textos sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho de São Mateus, por exemplo, ao descrever a agonia de Cristo no Horto de Getsêmani, é o único a mencionar três súplicas distintas - embora essencialmente idênticas -, feitas por Nosso Senhor.
"Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: ‘Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres'" (Mt 26, 39). Depois de interromper sua oração para admoestar e chamar à oração os discípulos que se encontravam dormindo, "afastou-se pela segunda vez e orou, dizendo: ‘Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!'" (Mt 26, 42). A seguir, ao achar seus três companheiros novamente dormindo, "deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras" (Mt 26, 44).
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No Batismo, as virtudes infusas são proporcionadas
às potências humanas para aperfeiçoar 
a natureza
Dos outros evangelistas, somente São Lucas alude a esse episódio, mas faz referência a uma única súplica, embora acrescentando o comovente detalhe do suor de sangue, tão profuso que escorreu pela terra (cf. Lc 22, 44). Dada a forçosa brevidade observada pelos evangelistas, qualquer repetição pareceria convidar o leitor a uma atenção toda especial. São João Crisóstomo chega a afirmar ser sempre uma demonstração especialíssima da verdade, uma tríplice repetição na linguagem dos Evangelhos.14 Que admirável lição quis o Divino Espírito Santo nos dar ao inspirar São Mateus a sublinhar essa tríplice renúncia de Jesus à sua própria vontade bem como a aceitação incondicional da vontade do Pai?
Com as palavras, "Não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres", ou então, nas palavras transmitidas por São Lucas: "Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua" (Lc 22, 42), o Salvador manifesta uma atitude constante durante sua vida. Assim, lemos: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra. (Jo 4, 34); "Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 5, 30); "Pois desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6, 38). O oferecimento no Monte das Oliveiras, então, não é senão uma culminação desta submissão contínua.
Em Cristo há duas vontades
Assegura ainda São Tomás ser preciso afirmar que, tendo o Filho de Deus assumido uma natureza humana perfeita, e pertencendo a vontade à perfeição desta, Ele assumiu também uma vontade humana. Contudo, ao assumir nossa natureza, não sofreu Ele nenhuma diminuição quanto à sua natureza divina, à qual compete ter vontade. "Por isso, é necessário dizer que em Cristo há duas vontades, uma divina e outra humana".15
Deste modo, ao pronunciar as palavras "a minha vontade", Jesus podia, com toda a propriedade, falar de sua vontade divina. Não obstante, Nosso Senhor falava da sua vontade humana, como fica claro pelo contexto, pois Ele "não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens" (Fl 2, 6-7).
Assim, servindo-se de sua natureza humana, sendo do nosso próprio gênero, Jesus se fez um Modelo para nós, para sermos mais prontamente movidos a segui-Lo. Se Ele - enquanto Deus igual ao Pai, e enquanto homem completamente sem culpa -, livre e amorosamente, submeteu sua vontade humana à vontade do Pai, fica impossível duvidar da necessidade de a humanidade fazer o mesmo.
Mas como adequar nossas pobres vontades com a d'Aquele que declara: "Assim como os céus se elevam acima da terra, elevam-se os meus caminhos sobre os vossos" (Is 55, 9)? Sobretudo depois da contaminação do pecado original, pois só temos a possibilidade de agir estavelmente segundo a Lei de Deus com auxílio da graça. De igual maneira, só pela influência de uma virtude especial somos capacitados a conformar as nossas vontades à do Pai, a exemplo de Jesus, movidos por amor sobrenatural.
Caridade e santo abandono ao beneplácito divino
No Batismo, junto com a graça santificante, as virtudes infusas são proporcionadas às potências humanas para aperfeiçoar a natureza. Entre essas virtudes, a caridade corresponde à vontade, e a leva ao ato sobrenatural de amor a Deus. Conforme São João da Cruz, este é o mais alto grau de união transformante: "quando as duas vontades, a da alma e a de Deus, de tal modo se unem e conformam que nada há em uma que contrarie a outra. Assim, quando a alma tirar de si, totalmente, o que repugna e não se identifica à vontade divina, será transformada em Deus por amor".16
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A submissão da vontade humana à
vontade divina foi uma constante
na vida de Nosso Senhor


"Oração no Horto", por Fra Angélico
  Museu de São Marcos, Florença
Desse modo, mesmo na submissão necessária à chamada vontade significada de Deus, abrangendo os preceitos expressos estabelecidos por Ele, é a caridade que nos move a renunciar ao proibido e a obedecer aos decretos divinos, de modo ideal. No entanto, na conformidade à vontade de beneplácito de Deus brilha uma generosidade e amor ainda maiores, pois a prática da lei é algo mensurável e sempre claro, mas o santo abandono ao beneplácito divino exige uma flexibilidade e confiança sem medida, porque por meio dele adere-se, por amor, ao que nem se conhece ou entende plenamente ainda; adere-se, enfim, a todo o plano de Deus a nosso respeito, simplesmente porque Ele quer, apesar da aversão espontânea que nossa natureza sensitiva possa apresentar.17
"Venha a nós o vosso Reino"
As palavras de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras refletem o mais perfeito modelo desta disposição de alma, conforme ensina Santo Agostinho, referindo-se ao Corpo Místico de Cristo: "Esta expressão da cabeça é a salvação do corpo inteiro; esta expressão instrui todos os fiéis, anima os confessores e coroa os mártires, porque, quem poderia vencer os ódios do mundo, o ímpeto das tentações e os terrores da perseguição, se Jesus Cristo não tivesse dito a seu Pai, em todos e por todos: ‘Seja feita vossa vontade'? Aprendam esta voz todos os filhos da Igreja, para que, quando venha a dureza da adversidade, vencido o temor e o espanto, suportem com resignação qualquer tipo de sofrimento".18
Existe, então, uma solução para o problema da vontade humana, tão embaraçada pela desordem da natureza decaída com a qual nascemos e pelo mundo imerso em pecado onde habitamos, fazendo surgir a esperança da vida eterna. Pois, segundo as palavras consoladoras de São João Evangelista, "o mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente" (I Jo 2, 17).
Para estimular-nos mais ainda, o Divino Mestre afirmou ter um laço de união tão forte como o de família com quem segue esse caminho: "Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Mt 12, 50). Assim, foi Ele mesmo Quem nos ensinou a preparar, ainda nesta Terra, as condições para se estabelecer o Reino de Deus, o qual não é senão uma conformidade de todas as vontades à vontade divina, tornando este mundo semelhante ao Céu: "Venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu" (Mt 6, 10).

quinta-feira, 12 de julho de 2012

As sete palavras de Jesus


De pé, junto a Cruz, Maria, pervadida de angústia e de dores, ouvia de seu Divino Filho as últimas palavras.

Afirma São Tomás que "o último na ação é o primeiro na intenção". Pelos derradeiros atos e disposições de alma de quem transpõe os umbrais da eternidade, chegamos a compreender bem qual foi o rumo que norteou sua existência. No caso de Jesus, não só na morte de cruz, mas também, de forma especial, em suas última palavras, vemos os sentido mais profundo de sua Encarnação. Nelas encontramos uma rutilante síntese de sua vida: constante e elevada oração ao Pai, apostolado através da pregação, conduta exemplar, milagres e perdão.
A cruz foi o divino pedestal eleito por Jesus para proclamar suas últimas súplicas e decretos. No alto do Calvário se esclareceram todos os seus gestos, atitudes e pregações. Maria também compreendeu ali, com profundidade, sua missão de mãe.
Jesus é a Caridade. A perfeição dessa virtude, nós a encontramos nas "Sete Palavras". As três primeiras tem em vista os outros (inimigos, amigos e familiares); as demais, a Si próprio.
Primeira Palavra: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34)
Pai - É o mais suave título de Deus. Nessa hora extrema, Jesus bem poderia invocá-Lo chamando-O Deus. Percebe-se, entretanto, claramente a intenção do Redentor: quis afastar, dos fautores daquele crime, a divina severidade do Juiz Supremo, interpondo a misericórdia de sua paternalidade. Chega-se a entrever a força de seu argumento: se o Filho, vítima do crime, perdoa por que não o fazeis também a Vós?
É a primeira "palavra" que os divinos lábios d'Ele pronunciam na cruz, e nela já encontramos o perdão. Perdão pelos que Lhe infligiram diretamente seu martírio. Perdão que abarca também todos os outros culpados: os pecadores. Nesse momento, portanto, Jesus pediu ao Pai também por mim.
dor_4.jpgEmbora não houvesse fundamento para escusar o desvario e ingratidão do povo, a sanha dos algozes, a inveja e ódio dos príncipes e dos sacerdotes, etc., tão infinita foi a Caridade de Jesus que Ele argumenta com o Pai: "porque não sabem o que fazem."
A ausência absoluta de ressentimento faz descer do alto da cruz a luminosidade harmoniosa e até afetuosa do amor ao próximo como a si mesmo. Ouvindo essa súplica, chegamos a entender quanta insenção de ânimo havia em Jesus na ocasião em que expulsou os vendilhões do Templo: era, de fato, o puro zelo pela casa de seu Pai.
Segunda Palavra: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23, 43)
A cena não podia ser mais pungente. Jesus se encontra entre dois ladrões. Um deles faz jus à afirmação da Escritura: "Um abismo atrai outro abismo (SL 41,8). Blasfema contra Jesus, dizendo:"Se és Cristo, salva-te a ti mesmo, e salva-nos a nós" (Lc 23, 39).
Enquanto esse ladrão ofende, o outro louva Jesus e admoesta seu companheiro, dizendo: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum" (Lc 23, 40-41).
São palavras inspiradas, nas quais transparecem a santa correção fraterna, o reconhecimento da inocência de Cristo, a confissão arrependida dos crimes cometidos. São virtudes que lhe preparam a alma para uma ousada súplica: "Senhor, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!" (Lc. 23, 42).
Ao referir-se a Jesus enquanto "Senhor", o bom ladrão professa sua condição de escravo e reconhece-O como Redentor. O "lembra-te de mim" é afirmativo, não tem nenhum sentido condicional, pois sua confiança é plena e inabalável. Compreende a superioridade da vida eterna sobre a terrena, para o mau ladrão, constitui um delírio: o afastamento da morte, a recuperação da saúde e da integridade.
O bom ladrão confessa publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, ao contrário até mesmo de São Pedro, que havia três vezes negado o Senhor. Tal gesto lhe fez merecer de Jesus este prêmio: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23, 43).
Jesus torna solene a primeira canonização da história: "Em verdade..."
A promessa é categórica até quanto à data: hoje. São Cipriano e Santo Agostinho chegam a afirmar ter recebido o bom ladrão a palma do martírio, pelo fato de, por livre e espontânea vontade, haver confessado publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Terceira Palavra: "Junto à Cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis aí teu filho". Depois disse ao discípulo: "Eis aí tua Mãe". E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 25-27)
Com essas palavras, Jesus finaliza sua comunicação oficial com os homens antes da morte (as quatro outras serão de sua intimidade com Deus). Quem as ouve são Maria Madalena, representando a via da penitência; Maria, mulher de Cleófas, a dos que vão progredindo na vida espiritual; Maria Santíssima e São João, a da perfeição.
Consideremos um breve comentário de Santo Ambrósio sobre este trecho: "São João escreveu o que os outros calaram: (pouco depois de) conceder o reino dos céus ao bom ladrão, Jesus, cravado na Cruz, considerado vencedor da morte, chamou sua Mãe e tributou a Ela a reverência de seu amor filial. E, se perdoar o ladrão é um ato de piedade, muito mais é homenagear a Mãe com tanto carinho ... Cristo, do alto da cruz, fazia seu testamento, distribuindo entre sua Mãe e seu discípulo os deveres de seu carinho" (in S. Tomás de Aquino, Catena Aurea).
É arrebatador constatar como Jesus numa atitude de grandioso afeto e nobreza, encerrou oficialmente seu relacionamento com a humanidadem na qual se encarnara para redimí-la. Do auge da dor, expressou o carinho de um Deus por sua Mãe Santíssima, e concedeu o prêmio para o discípulo que abandonara seus próprios pais para segui-Lo: o cêntuplo nesta terra (Mt 19, 29).
É perfeita e exemplar a presteza com que São João assume a herança deixada pelo Divino Mestre:"E dessa hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 27). São João desce do Calvário protegendo, mas sobretudo protegido pela Rainha do céu e da terra. É o prêmio de quem procura adorar Jesus no extremo de seu martírio.
Quarta Palavra: "Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste? (Mt 27, 45)
Jesus clama em alta voz. Seu brado fende não somente os ares daquele instante, mas os céus da história. Nossos ouvidos são duros, era indispensável falar com força. Jesus não profere uma queixa, nem faz uma acusação. Deseja, por amor a nós, fazer-nos entender a terrível atrocidade de seus tormentos. Assim mais facilmente adquiriremos clara noção de quanto pesa nossos pecados e de quanto devemos ser agradecidos pela Redenção.
Como entender esse abandono? Não rompeu-se - e é impossível - a união natural e eterna entre as pessoas do Pai e do Filho. Nem sequer separaram-se as naturezas humana e divina. Jamais se interrompeu a união entre a graça e a vontade de Jesus. Tampouco perdeu sua alma a visão beatífica.
Perdeu Jesus, sito sim, e temporariamente, a união de proteção à qual Ele faz menção no Evangelho: "Aquele que me
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Que Maria, Mãe Dolorosa que padeceu
com seu Divino Filho o martírio do Calvário
nos conduza pelo caminho aberto por Ele.
enviou está comigo; ele não me deixou sozinho" (Jo, 8, 29). O Pai bem poderia protegê-Lo nessa hora (cfr. Mc 14, 36; Mt 26, 53; Lc 22, 43). O próprio Filho poderia proteger seu Corpo (Jo 10, 18; 18, 6), ou conferir-lhe o dom de incorruptibilidade e de impassibilidade, uma vez que sua alma estava na visão beatífica.
Mas assim determinou a Santíssima Trindade: a debilidade da natureza humana em Jesus deveria prevalecer por um certo período, a fim de que se cumprisse o que estava escrito. Por isso Jesus não se dirige ao Pai como em geral procedia, mas usa da invocação "meu Deus".
A ordem do universo criado é coesa com aordem moral. Ambas procedem de uma mesma e única causa. Se a primeira não se levanta para se vingar daqueles que dilaceram os princípios morais por meio de seus pecados, é porque deus lhe retém o ímpeto natural, Se assim não fosse, os céus, os mares e os ventos se ergueriam contra toda e qualquer ofensa feita a Deus. Mas como frear a natureza diante do deicídio? Por isso, na hora daquele crime supremo,"cobriu-se toda a terra de trevas" ... (Mt 27, 45).
Quinta Palavra: "Tenho SEDE." (Jo 19, 28)
Assinala o evangelista que Jesus dissera tais palavras por saber "que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura". Vendo um vaso cheio de vinagre que havia por ali, os soldados embeberam uma esponja, "e fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca" (Jo 19, 28-29).
Cumpria-se assim o versículo 22 do salmo 68: "Puseram fel no meu alimento; na minha sede deram-me vinagre para beber."
Qual a razão mais profunda desse episódio? É um verdadeiro mistério.
Jesus derramara boa quantidade de seu preciosíssimo Sangue durante a flagelação. As chagas em via de cicatrização, foram reabertas ao longo do caminho e ainda mais quando Lhe arrancaram as roupas para crucificá-Lo. O pouco sangue que Lhe restava escorria pelo sagrado lenho. Por isso, a sede tornou-se ardentíssima. Além desse sentido físico, a sede de Jesus significava algo mais: o Divino Redentor tinha sede da glória de Deus e da salvação das almas.
E o que lhe oferecem? Um soldado lhe apresenta, na ponta de uma vara, uma esponja empapada de vinagre. Era a bebida dos condenados.
Podemos de alguma maneira aliviar pelo menos esse tormento de Jesus? Sim! Antes de tudo, compadecendo-nos d'Ele com amor e verdadeira piedade, e apresentando-Lhe um coração arrependido e humilhado.
Devemos querer ter parte nessa sede de Cristo, almejando acima de tudo à nossa própria santificação, com redobrado esforço, de modo a não pensar, desejar ou praticar algo que a Ele nos conduza. Para Ele será água fresca e cristalina nossa fuga vigilante das ocasiões próximas de pecado. Compadeçamo-nos também dos que vivem no pecado ou nele caem, e trabalhemos por sua salvação. Em suma, apliquemo-nos com ânimo na tarefa de apressar o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
O Salvador clama a nós do alto da cruz que defendamos, mais ainda que o bom ladrão, a honra de deus, procurando conduzir a opinião pública para a verdadeira Igreja. É nosso dever buscar entusiasmadamente a glória de Cristo, "que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5, 2).
Sexta Palavra: "Tudo está consumado" (Jo 19, 30)
A Sagrada Paixão terminara e, com ela, a pregação. Todas as profecias haviam se cumprido, conforme interpreta Santo Agostinho: a concepção virginal (Is 7, 14); o nascimento em Belém (Mq 5, 1); a adoração dos Reis (Sl 71, 10); a pregação e os milagres (Is 61, 1; 35, 5-6); a gloriosa entrada em Jerusalém no dia de Ramos (Zc 9, 9) e toda a Paixão (Isaías e Jeremias).
Na Cruz foi vencida a guerra contra o demônio: "Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo" (Jo 12, 31). No paraíso terrestre, o demônio adquirira de modo fraudulento a posse deste mundo, com o pecado de CRUCIFIXO IGREJA DOS ARAUTOS - RAE 87.jpgnossos primeiros pais. Jesus a recuperou como legítimo herdeiro.
Consumado também estava o edifício da Igreja. Este iniciou-se com o batismo no Jordão, onde foi ouvida a voz do Pai indicando seu Filho muito amado, e se concluiu na cruz, na qual Jesus comprou todas as graças que serão distribuídas até o fim do mundo através dos sacramentos.
Para que o preciosíssimo Sangue Dio Salvador ponha fim ao império do demônio em nossas almas é preciso que crucifiquemos nossa carne com seus caprichos e delírios, combatendo também o respeito humano e a soberba. Jesus nos abriu um caminho que, aliás, todos os santos trilharam.
Sétima Palavra: "Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito" (Lc 23, 46)
Estabeleceu-se na Igreja, desde os primórdios, o costume de encomendar as almas dos fiéis defuntos, a fim de que a luz perpétua os ilumine.
Jesus, porém, não tinha necessidade de encomendar sua alma ao Pai, pois ela havia sido criada no pleno gozo da visão beatífica. Desde o primeiro instante de sua existência, encontrava-se unida à natureza divina na pessoa do Verbo. Portanto, ao abandonar o corpo sagrado, sairia vitoriosa e triunfante. "Meu espírito", e não alma, provavelmente aqui significaria a vida corporal de Jesus.
Mas, Jesus aguardava sua ressurreição para logo. Ao entregar ao Pai a vida que d'Ele recebera, sabia que ela Lhe seria restituída no tempo devido.
Com reverência tomou o Pai Eterno em suas mãos a vida de seu Filho unigênito, e com infinito comprazimento a devolveu, no ato da ressurreição, a um corpo imortal, impassível e glorioso. Abriu-se, assim, o caminho para a nossa ressurreição, ficando-nos a lição de que ela não pode ser atingida senão pelo calvário e pela cruz.
AVE CRUX, SPES ÚNICA.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Onde está a verdadeira santidade?


O que é a verdade?" (Jo 18, 38) - perguntou Pilatos quando, embaraçado ante a integridade substancial do Salvador e abalado pela força de suas palavras, via-se instado a condená-Lo.
Essa interrogação do governador pagão surge, em certo momento da vida, na mente de todos os homens. Com efeito, o ser humano, na sua condição racional, busca a verdade instintiva e constantemente, e não terá a paz autêntica enquanto não a tiver encontrado.
Mas, se se pode dizer que, em certo sentido, a santidade é a verdade, logo brotará no espírito humano uma segunda indagação: Onde está a santidade?
A santidade é ter gravado dentro de si o conceito de que Deus é a Verdade. Não basta, porém, tomar tal princípio como um mero ditame da razão, que a inteligência aceita sem o menor movimento da vontade. Pois se eu não o abraçar com amor, em breve passarei a considerá-lo segundo os meus próprios critérios e inclinações, tisnados pelo pecado original.
Nosso Senhor veio ao mundo para destruir o pecado e ensinar aos homens o caminho da virtude, mostrando-lhes, por seu adorável exemplo, no que consiste a prática da santidade. Ela impõe, primeiramente, um relacionamento com Deus, enquanto Pai bondoso e misericordioso, mas, ao mesmo tempo, Senhor que quer ser respeitado e obedecido em razão dessa mesma Bondade e exigirá contas de todas as nossas ações.
Em segundo lugar, a santidade nos obriga a um relacionamento vigilante com nossa própria consciência, pondo de lado as veleidades do orgulho e os demais caprichos, a fim de conhecer os desígnios de Deus a nosso respeito, procurando a perfeição, conforme Ele mesmo preceituou: "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48).
A santidade deve traduzir-se também num terceiro grau de relacionamento, que diz respeito ao próximo. Nosso trato com os demais será, então, um contínuo intercâmbio de virtudes, buscando conduzir os outros rumo à perfeição, bem como utilizá-los como instrumentos para alcançar a própria santificação. Todo convívio humano precisa, pois, visar a santidade, sob pena de transformar-se num comércio de interesses e de egoísmos.
Por fim, a via da perfeição nos abre um quarto relacionamento, sintetizado por Nosso Senhor em seu mandato aos Apóstolos: "Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Com efeito, "toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus" (Rm 8, 19), e quem deseja a santidade deve usar das criaturas com esse fim, como um meio para chegar ao Criador.
Entretanto, se tão elevada é a vocação de um batizado, qual não será o dever daqueles que Deus escolhe, não apenas para segui-Lo, mas para serem seus ministros, "operários de sua messe" (cf. Mt 9, 38), mediadores entre Ele e o grande rebanho da Igreja?
Dado que, por sua missão e condição, o sacerdote está inteiramente consagrado ao serviço de Deus e do próximo, a ele cabe a obrigação urgente de abraçar a santidade e constituí-la como supremo objetivo e sentido da vida, para ser de fato "o sal da terra" (Mt 5, 13), edificando pelas obras, iluminando pela palavra, arrastando pelo exemplo...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dom Dimas completa 1 ano de Posse


Ao completar 1 ano de Posse como Arcebispo Metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, faz um balanço desse primeiro ano a frente de nossa Arquidiocese.
Ele faz um breve balanço e avaliação dos trabalhos, sobre as Pastorais, o Recanto São João Bosco, setorização das paróquias, o Bote Fé, Cidade da Saúde entre outras atividades e também sobre os Novos Projetos na arquidiocese.
Nesta terça-feira, 10, haverá a celebração da Santa Missa na Catedral, às 19h00 em Ação de Graças pelo primeiro ano de posse de dom Dimas Lara Barbosa.

Dom Dimas tomou posse da Arquidiocese de Campo Grande dia 10 de Julho de 2011, com missa celebrada no Ginásio Dom Bosco.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santos do mês de Julho - 2012


1. Solenidade de São Pedro e São
Paulo,
 Apóstolos (transferida do
dia 29 de junho). Santo Olivério 
Plunkett, 
Bispo e mártir (†1681). 
Arcebispo de Armagh, Irlanda do 
Norte. Falsamente acusado de
traição, foi decapitado em Londres
no reinado de Carlos II.

2. Beatos João e Pedro Becchetti,
presbíteros (†cerca de 1420).
Sacerdotes Ermitãos de Santo
Agostinho, oriundos da mesma
família. Morreram no convento
da ordem em Fabriano, Itália.

3. São Tomé, Apóstolo. Segundo a
tradição, morreu traspassado por
lanças, na Índia. São José Nguyên 
Ðình Uyên,
 mártir (†1838). Catequista
preso e barbaramente torturado em
Hung Yên, Vietnã, por recusar-se 
a pisar numa cruz.

4. Santa Isabel de Portugal, rainha
(†1336). Santo Ulrico, Bispo (†973).
Bispo de Augsburgo, na Baviera
(Alemanha), que faleceu nonagenário
depois de exercer seu ministério 
episcopal por 50 anos.

5. Santo Antônio Maria Zaccaria,
presbítero (†1539). Santa Marta,
leiga (†551). Mãe de São Simão
Estilita, a quem educou na Fé.

6. Santa Maria Goretti, virgem e
mártir (†1902). São Pedro Wang 
Zuolong,
 mártir (†1900). Morreu 
enforcado na província de Hebei
(China), durante a perseguição 
dos boxers, por negar-se a cultuar
os ídolos pagãos.

7. Beata Efigênia de São Mateus,
virgem e mártir (†1794). Religiosa
beneditina, guilhotinada em Orange 
durante a Revolução Francesa.

8. XIV Domingo do Tempo Comum.
Santo Adriano III, Papa (†885).
Empenhou-se em reconciliar a
Igreja de Constantinopla com a
de Roma. Faleceu de enfermidade
durante uma viagem, nas 
proximidades de Módena (Itália).

9. Santa Paulina do Coração 
Agonizante de Jesus,
 virgem (†1942).
Beata Maria de Jesus Crucificado
Petkovic
, virgem (†1966). Fundou
na diocese de Dubrovnik, Croácia, 
a Congregação das Filhas da
Misericórdia Franciscanas.

10. Santo Agostinho Zhao Rong,
presbítero (†1648). Beatos Manuel 
Ruiz
, presbítero,  e companheiros, 
mártires (†1860).  Sacerdote  
franciscano massacrado em seu 
convento em Damasco,  junto com
sete religiosos e três leigos.

11. São Bento, abade (†547).
Beato Bertrando, abade (†1149).
Superior do Mosteiro de Grandselve,
nas proximidades de Toulouse
(França), agregou-o à Ordem
Cisterciense.

12. São João Jones, presbítero e
mártir (†1598). Sacerdote franciscano
nascido em Gales, enforcado e 
esquartejado em Londres durante 
o reinado de Elizabeth I, por exercer 
seu ministério sacerdotal na Inglaterra.

13. Santo Henrique, Imperador
(†1024). Beato Fernando Maria 
Baccilieri
, presbítero (†1893). Fundou
em Galeazza, Itália, a Congregação
das Servas de Maria, para ajudar às
famílias necessitadas e formação
das jovens.

14. São Camilo de Lélis, presbítero
(†1614). São Marchelmo, presbítero
e monge (†cerca de 775). De origem
anglo-saxônica, foi discípulo e 
companheiro de São Wilibrordo
desde a infância. Faleceu em
Deventer, Holanda.
15. XV Domingo do Tempo Comum.
São Boaventura, Bispo e Doutor da
Igreja (†1274). São Vladimir, rei
(†1015).  Grão-Príncipe de Kiev, neto
de Santa Olga. De costumes pagãos,
converteu-se ao Cristianismo e
chamou missionários para 
evangelizar seu povo.

16. Nossa Senhora do CarmoBeato 
Bartolomeu dos Mártires Fernandes, 

Bispo (†1590). Religioso dominicano
eleito Arcebispo de Braga (Portugal),
 escreveu diversas obras de teologia
e espiritualidade.

17. Bem-aventurado Inácio de Azevedo,
presbítero, e companheiros, mártires
(†1570). Santas Justa e Rufina, virgens
e mártires (†cerca de 287). Irmãs
sevilhanas presas e submetidas a
cruéis suplícios por ordem do 
governador Diogeniano.

18. Santa Teodósia, religiosa e mártir
(†séc.VIII). Padeceu o martírio
em Constantinopla, por opor--se à
destruição de uma antiga imagem 
de Cristo que o imperador Leão III, 
o Isáurico, tinha mandado  remover
da porta de Bronze do seu palácio.

19. Santa Áurea, virgem e mártir
(†856). Conduzida diante dos juízes
em Córdoba (Espanha), abjurou
da fé cristã por temor, mas logo se 
arrependeu e foi martirizada.

20. Santo Apolinário, Bispo e mártir
(†séc. II). Santo Aurélio de Cartago
Bispo (†cerca de 430). Íntimo amigo
de Santo Agostinho. Eleito bispo de
Cartago, preservou sua grei dos
costumes pagãos.

21. São Lourenço de Bríndisi, 
presbítero e Doutor da Igreja (†1619).
Santo Alberico Crescitelli, presbítero
e mártir (†1900). Sacerdote
do Pontifício Instituto para as
Missões Estrangeiras, assassinado
com requintes de crueldade
nas proximidades de Yangxian,
província de Shaanxi (China).

22. XVI Domingo do Tempo Comum.
Santa Maria Madalena. Beato Tiago 
Lombardie,
 presbítero e mártir (†1794). 
Sacerdote de Limoges, preso durante 
a Revolução Francesa numa galera 
em Roquefort.  Morreu em consequência
da doença  ali contraída.

23. Santa Brígida, religiosa (†1373).
Santo Ezequiel, Profeta. Censurou
o povo eleito por suas infidelidades.
Profetizou a destruição de Jerusalém 
e a deportação para Babilônia.

24. São Charbel Makhluf, presbítero
(†1898). São José Fernández, presbítero
e mártir (†1838). Missionário dominicano
decapitado no tempo do imperador Minh
Mang, em Nam Dinh (Vietnã).

25. São Tiago Maior, Apóstolo. 
Decapitado em Jerusalém por
ordem de Herodes Agripa, foi o
primeiro dos Apóstolos a receber
a coroa do martírio. Beata Maria 
Teresa Kowalska, virgem e mártir 
(†1941). Religiosa Clarissa presa
no campo de concentração de
Dzialdowo, Polônia, onde permaneceu 
firme na Fé até a morte.

26. São Joaquim e Sant'Ana, pais 
de Maria Santíssima. Beatas Maria
Margarida de Santo Agostinho Bonnet

e companheiras, virgens e mártires
(†1794). Religiosas Ursulinas 
guilhotinadas em Orange durante a
Revolução Francesa.

27. Beato Joaquim Vilanova Camallonga,
presbítero e mártir (†1936). Sacerdote 
diocesano assassinado em L'Olleria, nas
proximidades de Valência, durante a
Guerra Civil espanhola.

28. Santa Afonsa da Imaculada Conceição
Muttathupadathu
, virgem (†1946). Religiosa
Clarissa Malabarense de Kerala, Índia, 
ofereceu-se como vítima pelos sacerdotes,
religiosos e almas consagradas.

29. XVII Domingo do Tempo Comum.
Santa Marta, irmã de Lázaro e
Maria. Beato João Batista Egozcuezábal
Aldaz, 
religioso e mártir (†1936).
Irmão da Ordem Hospitalar de
São João de Deus, assassinado
nos arredores de Barcelona durante
a Guerra Civil Espanhola.

30. São Pedro Crisólogo, Bispo e
Doutor da Igreja (†cerca de 450).
Santa Maria de Jesus Sacramentado
Venegas da Torre
, virgem (†1959). Freira
mexicana, fundadora da Congregação 
das Filhas do Sagrado Coração de Jesus.
Passou 54 anos cuidando de doentes 
pobres numa pequena enfermaria.

31. Santo Inácio de Loyola, presbítero
(†1556). São Germano de Auxerre, Bispo
(†448). Bispo de Auxerre, França. Foi 
enviado pelo Papa à Inglaterra para
combater a heresia pelagiana.