sexta-feira, 24 de agosto de 2012


A vocação dos leigos na IgrejaPDFImprimirE-mail
Antes de entrarmos propriamente na vocação do leigo é importante ressaltar a evolução não apenas do termo, também ver o contato desse povo na ação como povo pertencente Igreja.
Sem deixar, aqui de ressaltar que a vocação dos leigos é o princípio ativo de toda a Igreja, é dela que parte as outras vocações, pois a vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma.
O cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou em instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo. Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica.
No entanto, o leigo nem sempre teve sua ação participativa, na construção do reino  de Deus, aqui na terra. No percurso histórico do fiel cristão, encontramos no período dos apóstolos e primeiros mártires, a existência do sacerdote ministerial e também à aqueles que pertencente ao povo de Deus que não receberam a missão de Pastorear; todavia, todos os cristãos deste período, eram chamados,  juntos com os sacerdotes, a participar ativamente da missão da Igreja.
Antes de adentrar ao período da idade media, é importante ressaltar o significado da palavra leigo, para poder assim entender o porquê de seu significado ser  inicialmente um sentido negativo.
A palavra leigo, derivado do grego laikós que provém de  laos, significa  massa, ou seja, multidão, agregado social, aglomeração de gente. No grego clássico, o sentido do termo não é somente multidão, de povo, mas insinua-se que esse povo não é qualificado, é inferior, por isso distinto de seus chefes.
Deste modo os leigos, dentro da Igreja, pelo menos desde Tertuliano, adquiriu o sentido técnico de cristão não pertencente ao clero, ou seja, leigo é quem não tem ordens sacras! Excluídos da participação direta na vida e na ação da Igreja, limitando-se a apenas cumprir as ordens emanadas pela hierarquia.
Portanto, no período da Idade Média, diferente do período apostólico, o leigo, aquele que não recebia o sacerdócio ministerial, viram meros e silenciosos ouvinte; primeiramente, por ser a missa celebrada em latim e eles não conhecerem essa língua; também o fato de não ter contato com a Bíblia, e muitos não terem condição de ler.
Somente Com o concilio ecumênico Vaticano II, o leigo volta a participar diretamente da vida da Igreja, não é apenas um ouvinte, mais construtos do reino de Deus na terra, assim como nos primórdios do cristianismo, todos participavam na construção do reino de Deus.
É notório que o Concilio restaura o carisma da vocação laical dando um lugar central na Igreja, pois a define para o mundo. Outras vocações,segundo o concilio, não têm essa centralidade. O leigo tem carisma e função para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo, de modo a fazer com que o mundo tenha autonomia. Ele tem a missão de fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa.
Sendo assim, o leigo em nosso tempo é convidado a promover o bem comum, a ser fermento de santidade, testemunhando as riquezas de seu Batismo e Confirmação. Ele traz ao conjunto da Igreja a sua experiência de participação nos problemas, desafios e urgências do seu mundo secular, das pessoas, grupos sociais e povos, sem esquecer de defende a dignidade humana e seu direito a vida.

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